sexta-feira, 14 de maio de 2010

Maior nome do basquete feminino brasileiro, a ex-jogadora Hortência, quer implantar um centro de excenlência em Londrina



Maior nome do basquete feminino brasileiro, a ex-jogadora Hortência, agora dirigente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), quer implantar em Londrina um centro de excelência da modalidade para formação de jovens jogadores.

A ''Rainha do Basquete'', acompanhada pelo presidente da Federação Paranaense de Basquete (FPB), Amarildo Rosa, participou de um encontro com o prefeito Homero Barbosa Neto (PDT) em seu gabinete ontem, para discutir a viabilidade da implantação do projeto em Londrina.

Já são seis unidades no Paraná, todas na Região Metropolitana de Curitiba. Os centros de excelência possuem um método próprio desenvolvido pela ex-jogadora e tem a chancela da CBB e a anuência da FPB.

De acordo com Rosa, cada cidade em que o projeto funciona possui quatro núcleos, sendo um central e três espalhados por bairros. ''Pegamos aquelas crianças que estão na idade crítica, com 12, 13, 14 anos. Já são três mil crianças na região de Curitiba. Gosto de desenvolver em cidades menores, porque envolve mais a comunidade. Gosto de lugares carentes, justamente para dar oportunidade'', disse Hortência.

O custo do projeto é de cerca de R$ 105 mil anual, sendo que R$ 20 mil saem dos cofres da prefeitura e o restante de patrocinadores. Os professores recebem treinamento específico com os métodos dela. ''Quem tiver potencial será encaminhado a um clube. Se a criança não tiver perfil para ser atleta, será uma torcedora'', apontou.

Hortência não está preocupada com resultados imediatos. A intenção é fortalecer o basquete e criar grandes jogadores não só para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, mas para depois dos Jogos. ''Qual o legado que vamos deixar? A criança tem que ser lapidada, trabalhada. Vamos detectar os talentos e incentivar'', comentou. A implantação ainda não tem data para acontecer.

Seleção

Diretora técnica da seleção brasileira feminina, Hortência prevê muito equilíbrio no Mundial da República Tcheca, em agosto. Para resgatar a tradição da equipe brasileira - foi campeã mundial em 94 com Paula e a própria Hortência em quadra -, a Rainha foi buscar o técnico espanhol Carlos Colinas, para substituir Paulo Bassul. Ela ainda conseguiu convencer a ala Iziane a voltar a defender o time brasileiro.

''Os Estados Unidos são soberanos, mas o resto é equilibrado. O basquete passou por uma mudança geral e era hora de mudar o comando também na seleção feminina. A contratação do Colinas não é por acaso. Queremos implantar o estilo europeu, com trabalho veloz, com defesa diferente, como não tivemos nem na minha época'', afirmou. ''Não quero cobrar resultados, mas sim empenho'', completou a agora dirigente.

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